Decisão do TJ-PR mantém indícios de organização criminosa
Fernando Gomes, comentarista esportivo, teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (13).
Na noite desta segunda-feira (13), a prisão preventiva do comentarista esportivo Fernando Gomes foi convertida em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão, proferida pelo desembargador Kennedy Josué Greca de Mattos, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), mantém indícios de envolvimento em organização criminosa, conforme apurações relacionadas à Operação Fake Care.
Detalhes da decisão judicial
O magistrado determinou que Gomes deve cumprir medidas cautelares, incluindo o afastamento de cargos públicos, embora já tenha sido exonerado da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele também está proibido de manter contato com outros investigados, como o prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes, e outros envolvidos na operação. A defesa de Gomes apresentou documentos que evidenciam suas condições de saúde, que incluem hipertensão e perda auditiva severa, justificando a necessidade de tratamento constante.
Contexto da Operação Fake Care
As investigações da Operação Fake Care, conduzidas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), apuram irregularidades em contratos de saúde. Gomes é suspeito de atuar como intermediário entre a empresa AGP Saúde e agentes públicos, facilitando contratos fraudulentos. O Complexo Médico Penal (CMP) informou ao TJ-PR que não possui estrutura adequada para atender às condições clínicas do comentarista, reforçando a decisão pela prisão domiciliar.
Implicações e próximos passos
Mesmo com a concessão da prisão domiciliar, o desembargador destacou a continuidade de indícios de crimes graves, como corrupção e lavagem de dinheiro, o que mantém a expectativa sobre o desenrolar das investigações. Fernando Gomes precisará de autorização judicial para qualquer deslocamento, incluindo consultas médicas, que devem ser comprovadas nos autos.