A menos de três meses do início da fase de testes da reforma tributária, apenas 35% das empresas avançaram na adaptação ao novo sistema de impostos, conforme estudo da Thomson Reuters. Enquanto 63% ainda planejam ou estão nos estágios iniciais, a pesquisa revela que 69% dos profissionais da área tributária estão preocupados com os impactos significativos que a reforma poderá trazer nos próximos cinco anos. O novo sistema será totalmente digital, exigindo uma integração maior entre diferentes áreas das empresas, e a adequação às novas regras será um desafio considerável.
Apenas 35% das empresas estão prontas para a reforma tributária, segundo estudo da Thomson Reuters. A maioria ainda não tomou ações concretas.
Preparação para reforma tributária
A menos de três meses do início da fase de testes da reforma tributária, apenas 35% das empresas avançaram no processo de adaptação ao novo sistema de impostos. Outras 63% ainda estão em fase de planejamento ou nos estágios iniciais, e uma parcela menor sequer começou a agir. Essa é a conclusão de um estudo feito pela Thomson Reuters, que revelou que 69% dos profissionais da área tributária estão preocupados com as mudanças e esperam impactos significativos nos próximos cinco anos.
Desafios na adaptação
Edinilson Apolinário, líder da área de reforma tributária da Thomson Reuters, afirma que a preparação é essencial, pois o sistema de tributação se tornará completamente digital. Ele destaca que a adequação dos documentos fiscais eletrônicos aos novos tributos será uma tarefa “relevante, porém difícil” e afetará não apenas os sistemas fiscais, mas também os softwares de gestão (ERPs) e os sistemas de relacionamento com clientes e fornecedores (CRMs).
Impactos na operação das empresas
A pesquisa também aponta que 27,9% das empresas contrataram consultorias especializadas para medir o impacto da reforma nos preços e nos contratos. A partir de 2026, as empresas precisarão emitir documentos fiscais sob o novo modelo, e a falta de preparação poderá resultar em erros e penalidades. Com o fim gradual dos incentivos fiscais, a eficiência operacional se tornará mandatória para a competitividade no mercado.
Uma mudança estrutural
Além disso, a substituição do ISS/ICMS pelo IBS e do PIS/COFINS pela CBS representa 38% dos impactos esperados pelas empresas. A reforma é vista como um divisor de águas na forma como as empresas operam, exigindo um alto nível de preparo técnico e tecnológico para que possam se adaptar às novas regras.