Faltam ainda alguns meses para o início de 2024, mas no ambiente corporativo o planejamento precisa começar muito antes. Neste momento é necessário analisar as previsões, acompanhar as tendências e, especialmente, entender como está a realidade da sua empresa.
Vamos por partes. A primeira é a que aponta uma expectativa de crescimento econômico menor que o registrado em 2023 no Brasil, com previsão de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), ante previsão de 2,9% para este exercício. Mas temos um fator em jogo que pode alterar esse panorama: a possível aprovação da reforma tributária ainda neste ano.
Mesmo que os efeitos mais benéficos demorem um pouco mais a serem sentidos, a aprovação desse marco pode criar um ambiente psicológico positivo no mercado local e atrair mais investimento externo. A queda da taxa de juros, que depende da manutenção da inflação sob controle e todas as variáveis do exterior, como recessão global, guerra, preço do barril do petróleo e outras commodities, também podem influenciar positivamente.
Quando olhamos para as tendências, é certo: a agenda de sustentabilidade continuará em pauta, ainda mais considerando as recentes e impactantes mudanças no clima em todos os continentes. Outros temas caros que irão perdurar são os investimentos em energias renováveis e a descarbonização.
Agora, enquanto sócio e especialista em Gestão, preciso alertar: o trabalho híbrido e o remoto permanecem como um trunfo para as empresas que querem atrair e reter talentos, bem como a diversidade dos times. É preciso pensar sobre isso.
Também não dá para evitar a adoção das novas tecnologias de big data, automatização e inteligência artificial. São elas as ferramentas que têm apoiado as empresas a fazer mais com menos. Aqui, é fundamental ter equilíbrio e não manter uma visão romântica de que elas irão resolver os problemas. Elas estão aí para ajudar a atender os clientes com mais velocidade, precisão, entender suas demandas e auxiliar no planejamento e execução das estratégias de negócios. Mas não fazem milagre.
E, por fim, citei anteriormente mas gostaria de dar mais ênfase: nós gestores precisamos aprender sobre atração, retenção e desenvolvimento de talentos! É urgente! Sem pessoas no upfront, as tecnologias não funcionam. Então, cuidar da qualidade e do bem-estar do time, estar atento às suas pautas e dar a resposta com feedbacks honestos, realizar avaliações de desempenho periódicas e oferecer um plano de desenvolvimento profissional interno, a meu ver, são fatores que devem estar no dia a dia dos executivos e gestores.
Agora, quero te perguntar: como estão estas questões dentro da sua casa? Sua empresa já está pronta para o ano que vem? Este é um convite para reflexão: 2024 já chegou.
* Everton Paetzold é sócio da Mazars Brasil e especialista em Gestão de Negócios, além de Planejamento e Gerenciamento Estratégico e Liderança e relacionamento interpessoal. Também é membro da Comissão de Auditoria do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR).
Sobre a AHK Paraná – Estimular a economia de mercado por meio da promoção do intercâmbio de investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, além de promover a cooperação regional e global entre os blocos econômicos. Esta é a missão da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná), entidade atualmente dirigida pelo Conselheiro de Administração e Cônsul Honorário da Alemanha em Curitiba, Andreas F. H. Hoffrichter.