Tragédia marca peregrinação ao Santuário de Aparecida
O soldado Luiz Guilherme Crispim, de 30 anos, foi assassinado durante romaria para Aparecida, deixando filhos pequenos. A tragédia levanta preocupações sobre segurança no evento.
Na madrugada de sábado, 11, o soldado da Polícia Militar Luiz Guilherme Crispim de Oliveira, de 30 anos, foi assassinado durante uma romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, em Lorena, deixando uma filha de apenas 1 ano e 4 meses e um menino de 4 anos. A sua esposa, Aline da Silva Costa, relatou que ele foi morto por ser policial. “O assaltante viu o símbolo da Polícia Militar no colete dele e atirou. Ele não reagiu, levantou a mão e foi tirar a mochila”, afirmou durante o velório.
Circunstâncias do crime
O soldado não foi a única vítima da violência durante a romaria. O estudante Gustavo Henrique dos Santos Pereira, de 19 anos, também foi assassinado no domingo, 12, por ladrões. O arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, destacou a necessidade de medidas de segurança para proteger os peregrinos.
A Secretaria da Segurança Pública reforçou o policiamento durante o evento e afirmou que as investigações sobre os casos estão em andamento. Aline lembrou que era a segunda vez que seu marido participava da romaria a pé, e lamentou a fatalidade ocorrida: “A gente achou que eles iam desistir porque o tempo estava ruim, mas foram. Infelizmente aconteceu essa fatalidade”.
Luto e homenagens
O sepultamento de Crispim ocorreu no domingo, 12, no Cemitério Jardim Santa Casa, acompanhado por homenagens de familiares e amigos que pediram justiça. O comandante tenente-coronel Rodrigo dos Santos Iacovantuono elogiou a conduta exemplar do soldado, que integrou a Polícia Militar desde 2015.
Aumento de violência nas romarias
Além das mortes de Crispim e Gustavo, houve outros incidentes, como o atropelamento do ciclista José Antonio dos Santos. O santuário de Aparecida recebeu cerca de 494,6 mil devotos entre 3 e 12 de outubro, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Dom Orlando ressaltou a necessidade de uma passarela exclusiva para os peregrinos ao longo da rodovia para garantir a segurança dos que caminham até o santuário.