Reforma previdenciária de Macron é suspensa até 2027

Decisão visa garantir apoio político em meio a crise

O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, suspendeu a reforma previdenciária até 2027, buscando apoio político para garantir um orçamento reduzido.

Em uma manobra estratégica, o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, anunciou nesta terça-feira (11 de outubro de 2023) a suspensão da reforma previdenciária até após a eleição presidencial de 2027. A decisão, influenciada pela pressão de parlamentares de esquerda, visa garantir a sobrevivência política de Lecornu, que é o sexto primeiro-ministro do país em menos de dois anos, e está inserida em um contexto de grave crise política na França.

Contexto da decisão

A reforma previdenciária, considerada um dos principais legados econômicos do presidente Emmanuel Macron, foi suspensa para permitir a aprovação de um orçamento reduzido para 2026. Lecornu declarou no Parlamento que não haverá aumento na idade de aposentadoria até janeiro de 2028, sinalizando uma mudança significativa na política econômica do governo francês.

Crise política na França

Atualmente, a França enfrenta uma das piores crises políticas da sua história recente, com governos minoritários lutando para implementar orçamentos em uma legislatura dividida em três blocos ideológicos. Essa situação complexa exige que o governo busque alianças e apoios, o que torna a suspensão da reforma uma medida necessária para estabilizar o cenário político.

Implicações futuras

A suspensão da reforma previdenciária poderá ter consequências de longo prazo para a política econômica da França e para a estratégia de reeleição de Macron em 2027. Observadores políticos analisam que essa decisão pode ser vista como um sinal de fragilidade do governo, que agora precisa trabalhar para recuperar a confiança do eleitorado.

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