Esquema envolve secretários e sócios de empresa de saúde
Prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcos Marcondes, e cinco outros foram denunciados por corrupção na saúde. O MPPR apura um esquema de desvio de recursos públicos.
Na tarde de terça-feira (14), o Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou o prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcos Marcondes (PSD), e outras cinco pessoas por um esquema de corrupção na Secretaria Municipal da Saúde. O procurador Cláudio Franco Felix, junto com as promotoras Karinne Romani e Vanessa Scopel Bonatto, assinaram a denúncia.
Números e impactos da denúncia
Os denunciados incluem o secretário municipal da Saúde, Francisco Roberto Barbosa, e sócios da AGP Saúde. As acusações incluem organização criminosa, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de ativos. O MPPR também requer a devolução de R$ 13.303.875 aos cofres públicos. Além disso, a investigação sugere que houve entrega de propina na residência do prefeito, com imagens de encontros suspeitos entre representantes da AGP Saúde e agentes públicos.
Repercussões e prisão
Na última quinta-feira, Marcondes e outros quatro foram presos sob suspeita de desvio de recursos públicos. Desde 2022, a AGP Saúde teria recebido mais de R$ 9,5 milhões da Prefeitura, valores considerados incompatíveis com os serviços prestados, indicando superfaturamento. A investigação do GAECO, que começou há seis meses, também encontrou movimentações suspeitas na conta bancária do prefeito, incluindo depósitos significativos em poucos dias.
Defesa e posicionamentos
A defesa de Marcondes declarou que ele sempre pautou sua atuação pela ética. A Prefeitura de Fazenda Rio Grande também se manifestou, afirmando que está colaborando com as investigações. O partido PSD optou por aguardar mais informações antes de se pronunciar. O Tribunal de Contas do Estado do Paraná confirmou um dos alvos da operação, mas destacou que o servidor estava afastado desde o início do ano.