Brado investe em logística para novos mercados do algodão

Trisha Downing/Unplash

Mudanças nas exportações e novas rotas logísticas

A produção de algodão no Brasil deve crescer 5,7% em 2024, mas mudanças nas exportações exigem adaptações logísticas.

A produção de algodão no Brasil deve crescer 5,7% em 2024, chegando a 3,9 milhões de toneladas. Entretanto, as exportações estão passando por mudanças significativas, com a China reduzindo suas compras devido a uma supersafra local, resultando em uma queda de 65% nos embarques de janeiro a agosto deste ano, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Em contrapartida, países como Turquia, Paquistão e Bangladesh estão aumentando suas importações, exigindo adaptações na logística.

Adaptações logísticas e controle sanitário

Para atender a essa nova demanda, a Brado, braço de contêineres da Rumo, está reforçando o controle sanitário das caixas metálicas usadas no transporte da fibra. A empresa ampliou a capacidade de brometo de metila de 28 para 75 contêineres no terminal multimodal de Rondonópolis (MT), onde o procedimento é realizado sob a fiscalização de Ibama, Anvisa e Mapa. Essas iniciativas visam otimizar o fluxo logístico e liberar espaço no porto de Santos (SP).

Melhoria de infraestrutura e novas rotas

Além do aumento na capacidade de brometo de metila, a Brado também investiu em melhorias de infraestrutura, como a instalação de docas pneumáticas e a aquisição de empilhadeiras elétricas. Em parceria com a MRS, a empresa está implementando novas rotas de exportação que eliminam etapas rodoviárias, permitindo que os trens cheguem diretamente aos terminais de Itaguaí (RJ) e Santos. Essa estratégia é crucial para o escoamento da safra de algodão entre setembro e novembro, contribuindo para uma taxa de 98% de pontualidade nas entregas.

Reflexão sobre o mercado

Mayra Antunes Coelho, executiva de vendas da Brado, enfatiza que “o algodão brasileiro passa por uma transição importante de mercados, e a logística precisa acompanhar esse movimento. Investimos para assegurar fluidez ao sistema, reforçando a competitividade da pluma nos principais destinos.”

Conteúdo produzido por The AgriBiz.

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