Confronto marca votação de projetos na câmara municipal

Brasil Fora da Caverna

Protestos e uso de gás lacrimogêneo em Porto Alegre geram tensão

Votação de projetos provoca confronto e uso de gás lacrimogêneo em Porto Alegre.

Na quarta-feira (15), a Câmara Municipal de Porto Alegre vivenciou um intenso confronto durante a votação de dois projetos que, segundo movimentos sociais, comprometem direitos trabalhistas e a atuação de catadores de recicláveis. A votação gerou protestos significativos, levando ao uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.

Protestos e uso de gás lacrimogêneo

A confusão teve início quando a presidenta da Casa, vereadora Comandante Nádia (PP), determinou o fechamento das galerias e acionou o protocolo de segurança, restringindo o acesso ao público que protestava contra as propostas. Os manifestantes, entre eles catadores, mulheres e idosos, denunciavam a tentativa de cerceamento da participação popular e um retrocesso nas políticas públicas.

Vereador diz ter sido agredido

Durante os tumultos, o vereador Giovani Culau (PSOL) declarou ter sido agredido enquanto tentava mediar o conflito. “Eu nunca imaginei viver isso na Câmara. A população sendo agredida por tentar acessar a Casa”, afirmou Culau, criticando a abordagem autoritária da segurança na Câmara.

Presidência da Câmara justifica ação

Em resposta às críticas, a presidência da Câmara emitiu uma nota justificando a ativação do protocolo de segurança e as restrições de acesso como medidas necessárias para proteger a integridade física dos presentes. A vereadora Nádia atribuiu a escalada do conflito à oposição, que, segundo ela, incitou os manifestantes a agir de forma inadequada. Críticos, por outro lado, interpretaram essa decisão como uma tentativa de silenciar os protestos e limitar o acesso ao plenário.

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