Investigação aponta que recursos de aposentadorias foram direcionados para aquisição de bovinos
Recursos desviados do INSS foram usados para comprar 1.243 cabeças de gado, totalizando R$ 2,88 milhões.
Parte dos recursos desviados do INSS pode ter sido usada na compra de 1.243 cabeças de gado, avaliadas em R$ 2,88 milhões. Segundo a CPMI do INSS, os bois foram adquiridos por Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, e Alexsandro Prado Santos, conhecido como Lequinho. Eles são investigados por usarem entidades de fachada para movimentar recursos desviados de aposentadorias e benefícios.
Números e detalhes da fraude
- Carlos Roberto Ferreira Lopes comprou 998 cabeças de gado em 12 lotes, entre junho e agosto de 2020, totalizando cerca de R$ 1,5 milhão. A maioria dos animais era da raça Nelore e proveniente de Minas Gerais.
- Alexsandro Prado Santos adquiriu 245 cabeças, que custaram R$ 1,37 milhão, em transações realizadas entre novembro de 2023 e janeiro deste ano.
Investigação e implicações
A CPMI do INSS foi criada para investigar um suposto esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e benefícios. A apuração revela que entidades fantasmas e associações de fachada foram utilizadas para movimentar recursos públicos e captar dados de beneficiários, com a participação de políticos e empresários. A comissão já quebrou o sigilo de Lequinho e está rastreando o destino do dinheiro movimentado pelas entidades.