Grupo que enviava malas com drogas no aeroporto de Guarulhos é preso

Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos

Operação da Polícia Federal desmantela esquema de tráfico internacional

Polícia Federal prende grupo que enviava cocaína para a África via Aeroporto de Guarulhos.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 16, uma operação contra um grupo criminoso que despachava malas com cocaína para a África pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Foram cumpridos cinco mandados judiciais de busca e apreensão e quatro de prisão. Um funcionário do terminal está entre os suspeitos, que não tiveram os nomes divulgados, impossibilitando o contato com as defesas.

Investigação e modus operandi

As investigações tiveram início no dia 12 de junho, quando o grupo tentou introduzir três malotes contendo cerca de 160 quilos de cocaína na área restrita do aeroporto. Um militar da Aeronáutica percebeu a movimentação suspeita e acionou a Polícia Federal. A PF atuou para identificar o modus operandi da organização criminosa, analisando imagens de câmeras e registros de acesso no aeroporto.

A operação Denied Drop

A operação, denominada Denied Drop, mostrou que o grupo utilizava dois veículos; um atuava como “batedor”, monitorando a presença de policiamento, enquanto o outro transportava a droga até a área restrita. Um funcionário do aeroporto desviava a droga para a aeronave com destino a Joanesburgo, na África do Sul. O entorpecente seria, então, distribuído para outras nações do continente e Europa, evidenciando conexões internacionais de tráfico.

Continuidade do tráfico no aeroporto

A nova operação da PF evidencia que o aeroporto de Guarulhos continua sendo utilizado como rota para despachar drogas por grupos criminosos. Em julho, um dos líderes de uma quadrilha foi preso por trocar etiquetas de bagagens para envio de cocaína para a Europa. Em 2023, um casal de brasileiras foi detido na Alemanha com 40 kg de cocaína, após a troca de etiquetas no aeroporto de Guarulhos. Elas foram libertadas após 38 dias, quando o MP alemão recebeu o inquérito da PF comprovando a troca.

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