Os dois pesos e duas medidas das universidades públicas ideologizadas

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As universidades públicas há tempos vêm sendo influenciadas por uma perspectiva ideológica, e o sequestro do debate e da livre expressão sinaliza a presença de radicais que atuam em pequenos grupos, muitas vezes com a aprovação tácita de seus líderes e reitores. Alguns desses dirigentes são omissos ou coniventes, como é evidenciado em diversas universidades públicas, tanto no Paraná quanto em outros estados.

Esperamos que essa não seja a realidade da UFPR, a nossa Universidade Federal do Paraná. O desejo de impor um único discurso e recorrer a ataques infantis é sintomático e, ao persistir esta prática, a UFPR corre o risco de tornar-se mais uma UFPT, sem espaço para debates e o saudável antagonismo característico do meio acadêmico maduro e evoluído.

O caso de Deltan Dallagnoll, originário das fileiras universitárias, ilustra uma preocupante tendência de perseguição e autoritarismo no atual governo. Militantes estudantis, receosos do diálogo, escondem-se por trás da agressividade, contradizendo os princípios que afirmam defender.

Esses estudantes não respeitam as diversas correntes de pensamento presentes na universidade, buscando debates exclusivos. O evento do dia 18 de novembro, que parece ser uma campanha eleitoral antecipada, é um claro exemplo disso, desrespeitando normas que proíbem atividades políticas em prédios públicos, conforme evidenciado no cartaz de convocação.

É crucial que a deputada Carol Dartora seja alertada sobre o potencial equívoco ou intenção deliberada da direção em autorizar o evento. A reitoria ou a autoridade responsável deve prestar esclarecimentos sobre a aparente disparidade de tratamento na instituição, barrando alguns palestrantes enquanto favorece outros, conforme amplamente divulgado nas redes sociais e mídias especializadas.

A deputada, que manifesta interesse em concorrer à prefeitura de Curitiba, precisa assegurar que não haja má-fé ao utilizar o mês da consciência negra para autopromoção inadequada em um prédio público.

Os órgãos competentes, como o Tribunal Regional Eleitoral, o Ministério Público Federal e Estadual, devem permanecer vigilantes em relação às ações e movimentos dessa nova sede política partidária que parece ter transformado a universidade mais tradicional do Brasil.

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