Autoridades apuram casos de bebidas adulteradas com metanol, resultando em mortes e internações
A Polícia Civil investiga a 'família metanol' por intoxicações em SP; duas mortes foram confirmadas.
Nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil concluiu a segunda fase da Operação Alquimia, que investiga casos de intoxicação por metanol em São Paulo e outros quatro estados. A operação levou à prisão de Vanessa Maria da Silva, que liderava a produção clandestina de bebidas, resultando em ao menos duas mortes e uma internação por cegueira.
Fábrica clandestina descoberta
A mulher foi presa no dia 10 de outubro após a polícia identificar uma fábrica clandestina de bebidas, que envolvia seu marido, pai e cunhado. A adulteração de bebidas levou à morte de Ricardo Mira e Marcos Antônio Jorge Junior, que consumiram metanol no Torres Bar, na Mooca. Outro homem, que ingeriu a substância no Bar Nova Europa, está internado na UTI.
Investigação da polícia
De acordo com as autoridades, a família comprava etanol em dois postos em Santo André e São Bernardo do Campo para adulterar as bebidas. Apesar das evidências, a família nega saber da presença de metanol nas misturas. As investigações continuam para determinar se outros casos de intoxicação em São Paulo estão relacionados a essa rede.
Impacto da adulteração
São Paulo registrou 33 dos 41 casos de intoxicação por metanol no Brasil, além de concentrar seis das oito mortes. A polícia apura a possibilidade de envolvimento com o crime organizado, embora não tenha encontrado indícios até o momento. Mandados de busca e apreensão foram realizados em três endereços ligados à família, resultando na apreensão de insumos e materiais utilizados na adulteração.