Investigação revela uma rede familiar por trás da fabricação clandestina de bebidas
Vanessa foi presa em São Bernardo do Campo, suspeita de liderar adulteração de bebidas com metanol, que resultou em mortes.
Apontada pela polícia como figura central da adulteração de bebidas com metanol em São Paulo, Vanessa Maria da Silva foi presa na última sexta-feira, 10, em São Bernardo do Campo. Ela é suspeita de comandar uma fábrica clandestina, mesmo com o aumento dos casos de contaminação e a intensificação da fiscalização. Seis mortes foram registradas, com duas vítimas que consumiram bebidas produzidas por sua fábrica.
O esquema familiar
De acordo com as investigações, Vanessa dirige um negócio familiar de fabricação clandestina de bebidas alcoólicas, que inclui seu ex-marido, liberado após depoimento, e seu cunhado e pai, que permanecem presos. O delegado-geral de Polícia, Artur Dian, destacou que Vanessa é descrita como fria e sem arrependimento, e que a falsificação de bebidas é uma prática comum na família.
As vítimas e a investigação
As vítimas iniciais da intoxicação foram dois homens que consumiram bebidas no Bar Torres, localizado na Mooca, zona Leste de São Paulo. O bar afirmou que todas as bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais e que está colaborando com as autoridades. A investigação da Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), já identificou postos de combustíveis suspeitos de fornecer etanol adulterado para a fábrica de Vanessa.
Consequências e próximos passos
A operação que resultou na prisão de Vanessa também fechou um ciclo da cadeia criminosa, mas as investigações continuam. Agentes recolheram amostras de etanol para análise, buscando entender a extensão do esquema de adulteração e suas implicações para a saúde pública.