Marlete Batista Neves Fernandes compartilha momentos de horror após a tragédia que deixou 16 mortos.
Uma sobrevivente do acidente na BR-423 descreve momentos de desespero e as cenas trágicas que presenciou.
Uma passageira que sobreviveu ao acidente de ônibus que deixou 16 mortos na BR-423, entre Paranatama e Saloá, em Pernambuco, compartilhou momentos de desespero. O veículo tombou na noite de sexta-feira (17). Marlete Batista Neves Fernandes, moradora de Caetité, na Bahia, estava acordada quando percebeu a alta velocidade do ônibus, que começou a fazer movimentos em zigue-zague antes de tombar. Ela foi a primeira a sair do automóvel.
“Eu percebi que o ônibus começou a ter uma velocidade muito forte e falei: ‘o motorista está doido’. Nesse momento, ele começou a fazer zigue-zague. Acho que ele tentou encostar em um barranco, e aí o ônibus tombou. Eu segurei a poltrona e, quando ele virou, fui a primeira a sair”, relatou Marlete em entrevista ao G1. Ao deixar o carro, viu cenas de desespero.
“Foi uma loucura, entrei em estado de choque. Rasguei um pedaço do meu vestido para estancar o sangue de uma amiga que estava ferida”, lembrou a sobrevivente. Ela se deparou com várias pessoas feridas e mortas, gritando por socorro.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus transportava mais de 30 passageiros. Após uma falha no sistema de freios, o veículo entrou na contramão, colidiu com rochas e tombou. O ônibus, fretado pela empresa BF Turismo, saiu de Brumado (BA) com destino a Santa Cruz do Capibaribe (PE), onde o grupo faria compras em um centro atacadista. Os passageiros eram de várias cidades da Bahia e Minas Gerais. A PRF confirmou que o ônibus tinha autorização regular de fretamento.