Relações entre Brasil e Bolívia após guinada política à direita

REUTERS/Ipa Ibanez

Mudanças nas relações bilaterais em meio à nova configuração política da Bolívia

Após as eleições na Bolívia, as relações com o Brasil prometem mudanças significativas.

As eleições na Bolívia neste domingo trarão um novo cenário nas relações com o Brasil, independentemente de quem vencer. A cientista política Moira Zuazo destaca que, embora haja pautas em comum entre os candidatos Rodrigo Paz e Jorge Tuto Quiroga, as propostas para a relação com o Brasil são divergentes. Enquanto Paz deseja fortalecer os laços e a participação da Bolívia no Mercosul, Quiroga defende uma postura mais independente.

Propostas dos candidatos

  • Rodrigo Paz: Considera o Brasil como principal parceiro estratégico; propõe maior cooperação econômica e projetos de infraestrutura conjuntos.
  • Jorge Tuto Quiroga: Contrário à integração no Mercosul, busca redefinir a cooperação com o Brasil, destacando a soberania boliviana.

Implicações geopolíticas

Ambos os candidatos têm a intenção de moldar a nova direita na América Latina, refletindo um pragmatismo que pode ser visto na relação histórica entre os países. O ex-presidente Evo Morales, por exemplo, participou da posse de Jair Bolsonaro, evidenciando a flexibilidade nas relações.

Relações com os EUA

Paz e Quiroga também divergem em suas visões sobre os Estados Unidos. Enquanto Paz propõe uma “aproximação pragmática”, Quiroga deseja “descongelar” as relações com o governo de Trump, apresentando-se como um liberal pró-EUA.
Essa dinâmica revela um cenário instável, onde as relações entre Brasil e Bolívia estão prestes a se transformar com a ascensão de novas lideranças.

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