CFM defende proibição de enfermeiros atuarem em abortos legais

Decisão do Conselho visa assegurar que apenas médicos realizem procedimentos de aborto legal no Brasil

CFM pede que apenas médicos realizem abortos legais, após decisão do STF.

Neste domingo (19), o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, manifestou apoio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede enfermeiros de realizarem abortos legais no Brasil. A legislação permite a prática em casos de estupro, risco à saúde da gestante e fetos anencéfalos. O STF formou maioria para derrubar a liminar do ministro Luís Roberto Barroso que autorizava a atuação de enfermeiros, decisão que foi apoiada por ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

Posição do CFM e do STF

Gallo destacou que existem médicos suficientes para atender à demanda de abortos legais, afirmando que a atuação de enfermeiros poderia gerar riscos indesejados. Ele defende que as decisões judiciais devem respeitar o que está previsto na Lei 12.842, que regula o ato médico. O presidente do CFM também reiterou que a capacitação dos médicos é fundamental para lidar com eventuais complicações durante o procedimento.

Liminar de Barroso e suas implicações

A liminar de Barroso, que foi derrubada, permitia que enfermeiros atuassem sem punição, argumentando que a evolução tecnológica tornava possível a realização segura do aborto por esses profissionais. Ele mencionou a necessidade de modernização da legislação penal para não obstruir direitos fundamentais. A decisão do STF que reafirmou a proibição de enfermeiros em abortos legais busca garantir a segurança e a eficácia nos procedimentos de saúde.

Contato com o Cofen

Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para comentar sobre a liminar e as recentes decisões do STF. O debate sobre a atuação de enfermeiros em abortos legais continua gerando polêmica e divisões entre profissionais de saúde e juristas.

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