Decisão sobre a admissibilidade da ação contra o deputado será tomada na Câmara dos Deputados
Nesta quarta-feira, o Conselho de Ética vota a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro, acusado de ataques verbais a instituições.
Nesta quarta-feira, 22 de outubro de 2025, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados irá votar se aceita a inadmissibilidade da ação para cassar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A representação é de autoria do Partido dos Trabalhadores e alega ataques verbais a instituições democráticas, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF), e tentativas de influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções contra o Brasil.
Contexto da representação
O deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), relator da representação, pediu o arquivamento no último dia 8 de outubro, mas a vista coletiva foi concedida ao colegiado. O PT questionou a imparcialidade de Freitas, mas sua suspeição foi indeferida pelo presidente do Conselho, Fábio Schiochet (União Brasil-SC).
Acusações contra Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro é defensor das sanções do governo Donald Trump, que incluem tarifas e a cassação de vistos contra autoridades, além de medidas contra o ministro Alexandre de Moraes. Recentemente, a Procuradoria-Geral da República denunciou-o por coação no curso do processo, alegando que ele tentou influenciar ações contra seu pai, através de sanções econômicas.
Outros casos em pauta
A reunião do Conselho de Ética começa às 14h e, além do caso de Eduardo, também analisará a admissibilidade da representação contra o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). O relator desse caso, Del. Fábio Costa (União Brasil-AL), já votou a favor de receber a ação. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou articulações para derrubar o processo contra Lindbergh, em troca da votação da suspensão da ação penal contra Gustavo Gayer (PL-GO), aprovada pela Câmara na semana passada.