Bárbara Valim tinha medida protetiva contra Luiz Gustavo, detido após o crime

Bárbara Valim, de 28 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro em Goiânia, mesmo com medida protetiva em vigor.

Em Goiânia, no último sábado (18/10), Bárbara Valim da Silva, de 28 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro Luiz Gustavo Rodrigues Rocha, que tinha uma medida protetiva contra ele. O crime ocorreu dentro de um condomínio no bairro Jardim Cerrado 6, e deixou dois filhos, um deles fruto do relacionamento com o suspeito. O caso destaca a vulnerabilidade de mulheres mesmo com medidas judiciais de proteção em vigor.

Prisão do suspeito

Luiz Gustavo foi preso e confessou o crime em vídeo, no qual afirmou que foi ao local para conversar com Bárbara, mas acabou cometendo o ato. “Quando eu vi, eu já tinha feito. Já apertei (o gatilho) e virei as costas”, declarou o ex-companheiro. A Polícia Civil identificou que ele foi detido por feminicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Decisão judicial

Na audiência de custódia, realizada no domingo (19/10), a prisão em flagrante de Luiz Gustavo foi convertida em preventiva. O juiz Joviano Carneiro Neto justificou a decisão ao afirmar que havia risco à ordem pública e de que o autor poderia cometer novos crimes. O magistrado enfatizou que o ato revela desprezo pelas normas de proteção à vida da vítima.

Investigação em andamento

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que apura as circunstâncias e a motivação do crime. A situação levanta questões sobre a eficácia das medidas protetivas e a segurança das vítimas de violência doméstica.