A indústria automobilística do país enfrenta riscos devido a tarifas e competição crescente
A Eslováquia, conhecida como 'Detroit da Europa', enfrenta riscos significativos devido a tarifas e competição chinesa.
Slovakia’s auto industry, which represents roughly 11% of its gross domestic product, has established an enviable global reputation. Contudo, uma combinação de tarifas impostas pela administração Trump, competição chinesa e aumento de impostos está ameaçando o setor. Zuzana Pelakova, do think tank Globsec, destacou as tarifas dos EUA como o principal risco de curto prazo para o setor automotivo eslovaco.
A importância da indústria automotiva
A Eslováquia, um pequeno país sem acesso ao mar no coração da Europa, se destaca como o maior produtor de carros per capita do mundo, atraindo grandes fabricantes como Volkswagen, Stellantis e Kia. A indústria automotiva representa cerca de metade da produção industrial do país e um décimo do emprego total.
Desafios emergentes
Os desafios são muitos: as tarifas dos EUA representam 4% das exportações totais da Eslováquia, sendo que 80% desse volume é composto por carros. Além disso, o cenário geopolítico está mudando, com a aproximação do governo eslovaco com a Rússia, o que aumenta a incerteza para as empresas locais.
O impacto das tarifas
O acordo comercial entre os EUA e a UE, que impôs tarifas de 15% sobre a maioria dos bens da UE, foi um alívio em relação à ameaça inicial de 30%. No entanto, os custos associados a essa nova realidade tarifária continuam a preocupar as indústrias locais. Especialistas alertam que a competição crescente da China também está pressionando os fabricantes eslovacos.
Futuro do setor
Embora a Eslováquia tenha atraído investimentos significativos, como a nova fábrica de veículos elétricos da Volvo e um projeto de bateria da Gotion High Tech, a falta de apoio governamental e o aumento da carga tributária estão dificultando a transformação da indústria. O governo de Robert Fico, que elevou impostos e introduziu novas taxas sobre transações financeiras, enfrenta críticas da indústria automobilística. Além disso, a postura do governo em relação à Rússia pode afetar as decisões de investimento, tornando a Eslováquia uma parceira menos confiável aos olhos da Europa.
Enquanto a indústria automotiva da Eslováquia enfrenta esses desafios, Zuzana Pelakova observa que, apesar das dificuldades, não se deve comparar a situação atual com a de Detroit, que teve um colapso dramático. “Acredito que temos desafios, mas não estamos em um caminho que leva a um colapso semelhante ao de Detroit”, conclui Pelakova.