Grupo de ex-militares argumenta que a crise climática representa uma ameaça à segurança nacional
Líderes militares aposentados defendem que investimento em energia renovável deve ser considerado parte do orçamento de defesa.
Investimento em energia renovável deve vir de orçamentos de defesa
Um grupo de líderes militares aposentados argumenta que o investimento em energia renovável deve ser considerado parte dos orçamentos de defesa, uma vez que a crise climática representa uma ameaça à segurança nacional. Eles pedem maior investimento em energia de baixo carbono para aumentar a resiliência da Europa contra ameaças, especialmente da Rússia.
Proposta de inclusão no orçamento de defesa
Os ex-militares sugerem que os gastos com energia renovável sejam contabilizados dentro do compromisso de 1,5% do PIB que os membros da OTAN têm com a infraestrutura crítica. Em uma carta aos líderes europeus, afirmam: “Devemos acabar com nossa dependência de petróleo e gás estrangeiros.” Essa dependência, ressaltam, torna os países vulneráveis a oscilações de preços em tempos de conflito.
A segurança energética como prioridade
Segundo o ex-general Richard Nugee, investir em energia renovável é mais seguro do que buscar mais suprimentos de gás. Ele argumenta que as fontes renováveis, como turbinas eólicas e painéis solares, são menos vulneráveis a ataques. Para construir um país resiliente, a energia de baixo carbono é fundamental. Outros signatários, como o almirante Ben Bekkering, destacam a necessidade de uma visão mais ampla sobre segurança, incluindo sustentabilidade militar, econômica e ecológica.
Conscientização crescente entre líderes militares
Apesar do crescente reconhecimento dos impactos da crise climática entre os líderes militares, não está claro se os governos estão priorizando a questão. Recentemente, o governo britânico impediu a publicação de um relatório que alertava sobre os riscos que a Grã-Bretanha enfrentaria caso grandes ecossistemas, como a Amazônia, entrassem em colapso. A proposta dos ex-militares visa não apenas melhorar a segurança nacional, mas também garantir uma transição para uma economia de energia limpa e sustentável.