Estudo aponta as divisões e estratégias na oposição venezuelana
María Corina Machado defende intervenção militar dos EUA na Venezuela, gerando debates sobre suas consequências.
María Corina Machado, líder opositora venezuelana, defende uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, argumentando que o país já se encontra sob invasão de diversos grupos armados. O professor Ricardo Salvador de Toma, Doutor em Estudos Estratégicos, explica que essa posição gera debates sobre a legitimidade dessa estratégia e suas possíveis consequências para o país.
Divisões na oposição venezuelana
Machado fundamenta sua posição citando a presença de grupos dissidentes das FARC, do Exército de Liberação Nacional (ELN) da Colômbia e de organizações criminosas como o Trem de Aragua no território venezuelano. Além disso, menciona a atuação de agentes cubanos do G2 como evidência de violação à soberania nacional. Existe uma divisão clara entre os grupos opositores, com uma ala mais moderada que participou de negociações no Catar em agosto, propondo uma transição política através de uma presidência interina e levantando sanções econômicas.
O paradoxo da estratégia
Segundo o professor Ricardo, o paradoxo da situação se evidencia no contraste entre o apelo aos direitos humanos e a defesa do uso da força militar externa. Essa dualidade levanta questionamentos sobre o respaldo popular a tal estratégia e suas implicações para o futuro político da Venezuela.
Fortalecimento da posição de Machado
A posição de Machado se fortaleceu após um processo eleitoral contestado, no qual seus direitos políticos foram cassados e a candidata por ela apoiada, Corina Yoris, teve sua inscrição negada. O processo eleitoral foi marcado por acusações de fraude e falta de transparência na divulgação dos resultados.