Itaú demite mil funcionários; CEO fala sobre produtividade no home office

Tuane Fernandes

Milton Maluhy Filho discute demissões e problemas de produtividade no trabalho remoto

CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, comenta sobre demissões devido à produtividade no home office.

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, falou nesta sexta-feira, 24, sobre a demissão de cerca de mil funcionários anunciada pelo banco no início de setembro, por conta de baixa produtividade no trabalho remoto. Durante o evento GAN Summit 2025, realizado no Teatro ESPM, na cidade de São Paulo, o empresário foi questionado sobre os desligamentos e explicou que os funcionários não estavam apresentando o rendimento desejado.

Maluhy Filho explicou que “tinham 1,1 mil pessoas fazendo um péssimo trabalho, entregando 20% do que era esperado” e que isso gerava uma sobrecarga sobre os demais colaboradores. Ele também mencionou que muitos ex-trabalhadores reconheceram que estavam errados, admitindo que faziam jornadas duplas ou triplas enquanto trabalhavam para outras empresas.

Repercussão das demissões

As demissões ganharam repercussão nacional, não apenas pelo volume, mas também pelo motivo alegado pelo banco. Na ocasião, o sindicato da categoria informou que as demissões foram justificadas com base em registros de inatividade nas máquinas corporativas. O Itaú, por sua vez, negou que as demissões fossem em massa, afirmando que foram realizadas após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto”.

Acordo com o sindicato

No início de outubro, o Itaú Unibanco firmou um acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, para pagar até 10 salários mínimos adicionais aos funcionários demitidos. O acordo inclui um valor fixo de R$ 9 mil, 13ª cesta-alimentação e manutenção da taxa de financiamento imobiliário diferenciada. O banco comprometeu-se a não encerrar o modelo de teletrabalho, e os demitidos terão até seis meses para aderir ao acordo.

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