Eleições na Argentina: Milei sob pressão para garantir futuro do governo

m colorida de Javier Milei

A votação deste domingo pode definir a sobrevivência política de Javier Milei até 2027

Os argentinos voltam às urnas neste domingo (26/10) para uma eleição que ultrapassa a rotina parlamentar. A disputa legislativa se transformou em um verdadeiro plebiscito sobre o presidente da Argentina, Javier Milei, que enfrenta uma queda de popularidade, denúncias de corrupção e uma economia em turbulência. O resultado poderá determinar não apenas o futuro do Congresso, mas a sobrevivência política do governo de Milei até 2027.

Cenário atual da eleição

Com metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado em jogo, Milei busca garantir sustentação para seguir com seu plano econômico ultraliberal. Uma derrota significaria um bloqueio quase total à sua agenda, que depende da aprovação de reformas fiscais e trabalhistas. Pesquisas apontam que 55,7% dos argentinos desaprovam a gestão de Milei, refletindo a insatisfação com o custo de vida e a percepção de corrupção.

A campanha e seus desafios

Milei encerrou a campanha em Rosário, autoproclamando-se líder do “primeiro governo libertário do mundo”. Apesar de sua retórica, o governo chega enfraquecido por demissões e escândalos, como o ex-candidato José Luis Espert, acusado de ligações com o narcotráfico. A La Libertad Avanza ainda lidera as intenções de voto, mas com uma margem estreita em relação à coalizão peronista.

O impacto das eleições

Luis Caputo, ministro da Economia, considera a votação de domingo como “mais importante do que a presidencial de 2027”. O resultado será um sinal ao mundo sobre a continuidade das políticas de ajuste. Além disso, essa será a primeira eleição nacional com o novo sistema de cédula única, gerando dúvidas entre os eleitores, que foram alertados sobre a nova forma de votação. Uma vitória expressiva poderia desbloquear reformas e reverter a narrativa de desgaste em torno do governo.

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