Relação entre o novo presidente da Bolívia e Trump: o que esperar

m colorida mostra o presidente da Bolívia, Rodrigo Paz

Análise das expectativas para a política externa da Bolívia sob Rodrigo Paz

Rodrigo Paz assume a presidência da Bolívia e promete restaurar relações com os EUA.

A vitória de Rodrigo Paz nas eleições presidenciais de 19 de outubro de 2025 colocou um fim na hegemonia da esquerda na Bolívia após quase duas décadas no poder. O novo presidente, que assume em 8 de novembro, se apresenta como um político de centro-direita e pode transformar a relação do país com a comunidade internacional, especialmente com os Estados Unidos. A administração Trump já sinalizou uma reaproximação com La Paz, considerando a eleição de Paz um “momento histórico”.

Expectativas para a política externa

Paz, de 58 anos, pretende restaurar as relações com os EUA, rompidas há 17 anos, como uma de suas primeiras ações. A administração Trump vê essa mudança como uma oportunidade transformadora para ambos os países. Em um comunicado conjunto, vários países da América Latina expressaram apoio à estabilização econômica da Bolívia, que enfrenta uma crise desde 2023.

Desafios internos

O novo presidente boliviano terá que lidar com a crise econômica interna, enquanto busca parcerias internacionais. Em entrevistas, Paz mencionou que não se limitará a alianças com líderes de direita, buscando também a colaboração com países vizinhos, como Brasil e Uruguai, que têm lideranças progressistas.

Alinhamento com os EUA

Durante uma ligação, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, enfatizou a intenção de fortalecer parcerias entre os dois países. Contudo, analistas alertam que, apesar dos acenos positivos, a possibilidade de Paz alinhar-se militarmente com os EUA no combate ao tráfico internacional deve ser considerada com cautela.

A reeleição de um governo de direita na Bolívia pode gerar novas dinâmicas na política sul-americana, mas as decisões de Paz serão cruciais para moldar o futuro das relações do país com a região e com potências como os EUA.

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