Eleições na Holanda testam apoio por governo de ultradireita

via REUTERS

A votação de 29 de outubro traz à tona dilemas eleitorais em meio a promessas de imigração e moradia

As eleições na Holanda, em 29 de outubro, testam o apoio ao governo de ultradireita e a resposta da população sobre imigração e moradia.

A eleição nacional na Holanda, marcada para a próxima terça-feira (29), apresenta aos eleitores duas escolhas distintas. A primeira opção é dobrar a aposta no líder de ultradireita, Geert Wilders, para conter a imigração. Já a segunda é recorrer aos rivais centristas para tratar das preocupações relacionadas a moradia e segurança. As eleições na Holanda são um teste para saber se o populismo europeu pode expandir seu alcance.

O contexto atual

Wilders, admirador do presidente dos EUA, Donald Trump, levou seu partido, o PVV (Partido da Liberdade), ao primeiro lugar nas eleições de 2023. No entanto, suas promessas não cumpridas e a crise gerada após retirar o PVV da coalizão do governo levaram à renúncia do primeiro-ministro Dick Schoof. A confiança no governo está em níveis mínimos desde a pandemia, e metade dos eleitores permanece indecisa, refletindo a insatisfação com a gestão atual.

Desafios enfrentados

O governo anterior é visto como ineficaz, falhando em implementar um regime de imigração mais rigoroso e em resolver a escassez de moradias. Um problema com as emissões de nitrogênio também causou descontentamento entre os cidadãos, especialmente agricultores. Com o crescimento econômico estagnado e o desemprego em alta, a maioria acredita que o país está indo na direção errada.

Concorrentes em ascensão

Embora Wilders lidere nas pesquisas, o Partido Democrata Cristão está emergindo como um forte concorrente, promovendo estabilidade. O novo líder, Henri Bontenbal, descarta trabalhar com Wilders, criando um dilema para os eleitores de direita. Esse cenário pode levar os apoiadores de Wilders a votar em outros partidos conservadores para garantir sua representação.

Preocupações da população

Atualmente, o Partido Trabalhista-Verde, liderado por Frans Timmermans, aparece em segundo lugar, prometendo abordar questões sociais. A imigração e a escassez de moradias permanecem no topo das preocupações dos eleitores. Enquanto Wilders defende uma abordagem radical, outros partidos tentam apresentar soluções viáveis e realistas. Apesar das divergências, todos reconhecem a forte oposição à aceitação de mais imigrantes, especialmente de países não ocidentais.

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