Lula e Trump discutem tarifas e relações comerciais pela primeira vez

Ricardo Stuckert/PR

Encontro entre os presidentes ocorre na Malásia e aborda questões comerciais e diplomáticas.

Lula e Trump se reúnem pela primeira vez e discutem tarifas e relações comerciais na Malásia.

Neste domingo (26), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump realizaram sua primeira reunião bilateral em Kuala Lumpur, na Malásia, às 15h30, com duração de aproximadamente 50 minutos. A conversa teve como foco a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, com destaque para o pedido brasileiro de suspensão temporária das tarifas de até 50% aplicadas a produtos nacionais desde julho.

O encontro e suas expectativas

Trump afirmou: “É uma grande honra estar com o presidente do Brasil”, enquanto Lula expressou otimismo sobre os desdobramentos, desejando que a imprensa tivesse boas notícias após a reunião. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a solicitação inclui a suspensão das tarifas durante as negociações. Trump sinalizou disposição para uma resolução rápida, afirmando: “Vamos chegar a uma conclusão rápida sobre tarifas”.

Temas em pauta

Além das tarifas, os líderes discutiram temas diplomáticos, com Lula defendendo a América do Sul como uma zona de paz e propondo colaboração em questões relacionadas à Venezuela. Trump comentou sobre a relação com a China, enfatizando a intenção de se reunir com o presidente Xi Jinping e destacando que os EUA buscam um alinhamento maior com o Brasil.

Participação das equipes

Participaram da reunião várias autoridades, incluindo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que mencionou a importância de se tornar o parceiro comercial preferencial do Brasil. O encontro bilateral ocorreu durante a 47ª cúpula da Asean, na qual ambos os países são convidados. Lula entregou uma pauta escrita com os interesses do Brasil e solicitou a retirada da imprensa para otimizar a reunião, uma solicitação que foi acatada por Trump, que também criticou a repetitividade das perguntas feitas pelos jornalistas.

As negociações entre as equipes devem continuar, sem horário divulgado, visando avançar nas questões comerciais discutidas.

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