Anarquia inevitável: John J. Mearsheimer sobre instintos de Trump em relação à China e Rússia

Illustration: Lau Ka-kuen

Especialista em relações internacionais fala sobre rivalidade dos EUA e China e os riscos da adesão da Ucrânia à OTAN.

Mearsheimer analisa a rivalidade entre EUA e China, destacando a necessidade de evitar conflitos.

A rivalidade entre Estados Unidos e China, segundo John J. Mearsheimer, professor de Ciência Política na Universidade de Chicago, será fundamental para o século XXI. O especialista enfatiza que, embora essa relação seja competitiva, não se espera uma intensificação imediata desse conflito. Mearsheimer critica a atenção dos EUA em crises fora da Ásia, como a Ucrânia e o Oriente Médio.

O papel da competição na política internacional

A teoria de Mearsheimer, conhecida como realismo ofensivo, sugere que as potências globais devem se envolver em competição de segurança para dominar o sistema internacional, o que pode levar a guerras. Ele argumenta que essa dinâmica é uma realidade que os EUA não podem ignorar se quiserem manter sua posição no cenário global.

Riscos da adesão da Ucrânia à OTAN

O especialista considera que a adesão da Ucrânia à OTAN seria um “erro colossal”, potencializando riscos para a estabilidade da região e exacerbando tensões com a Rússia. Mearsheimer destaca que a segurança da Europa deve ser abordada com cautela, evitando provocações que possam desencadear conflitos maiores.

Conclusão

Mearsheimer conclui que a relação entre EUA e China, embora competitiva, pode ser gerida para evitar crises, desde que os EUA mudem seu foco estratégico de regiões problemáticas para a Ásia Oriental.

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