Milei conquista apoio em eleição e avança com reforma econômica na Argentina

Javier Milei

Vitória do partido La Libertad Avanza fortalece a agenda de austeridade do presidente argentino

O partido de Milei teve uma vitória surpreendente nas eleições, garantindo respaldo para suas reformas econômicas.

Em uma virada surpreendente, o partido La Libertad Avanza, liderado pelo presidente argentino Javier Milei, obteve 41,5% dos votos na província de Buenos Aires nas eleições de meio de mandato. Este resultado, que superou as expectativas, fortalece a agenda de austeridade de Milei, que apesar do descontentamento popular, busca continuar com suas reformas econômicas radicais. A participação eleitoral foi de cerca de 68%, a mais baixa em mais de uma década.

Impacto da vitória

A vitória do partido de Milei, que conquistou 64 cadeiras na Câmara dos Deputados, garantiu o apoio necessário para que ele possa defender suas políticas no Congresso. Gustavo Córdoba, diretor do instituto Zuban Córdoba, comentou que o desempenho do partido reflete o temor de uma nova crise econômica caso as políticas de austeridade sejam abandonadas. “Os argentinos mostraram que não querem voltar ao modelo do fracasso”, afirmou Milei em seu discurso triunfante.

Reação do governo dos EUA

O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, também manifestou apoio ao presidente argentino, oferecendo um pacote de resgate financeiro que pode chegar a US$ 40 bilhões. Essa ajuda inclui um swap cambial e um fundo de investimento, reforçando a confiança em Milei e suas reformas, que já resultaram na redução da inflação mensal de 12,8% para 2,1%.

Perspectivas futuras

Milei já sinalizou que espera uma reforma ministerial, possivelmente envolvendo aliados do partido PRO, liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri. As expectativas são de que a abertura dos mercados nesta segunda-feira traga um aumento nas ações e títulos, uma vez que o resultado eleitoral oferece ao presidente o capital político necessário para acelerar suas reformas. Muitos analistas preveem ainda uma desvalorização do peso, que tem sido mantido artificialmente valorizado para controlar a inflação.

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