China busca laços econômicos mais fortes na Asean sem Trump

A cúpula na Malásia marca uma nova fase nas relações comerciais asiáticas

China defende parcerias comerciais mais próximas na Asean em cúpula na Malásia.

Nesta segunda-feira (27), durante uma cúpula na Malásia, a China defendeu laços econômicos mais estreitos e maior abertura comercial sem a presença do presidente Donald Trump. A presença de Trump em eventos anteriores havia deixado um impacto nas relações comerciais, com os EUA impondo altas tarifas a países da Asean, como Camboja e Vietnã.

Pressão da China por parcerias comerciais

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, enfatizou a importância do livre comércio e criticou o protecionismo, uma postura que reflete a estratégia da China de se posicionar como defensora do comércio multilateral. A relação entre os países da Asean e a China é vital, visto que o Acordo Regional Abrangente de Parceria Econômica (RCEP) busca aumentar a integração econômica regional.

Tensão no Mar do Sul da China

A cúpula também abordou a crescente tensão no Mar do Sul da China, onde o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., expressou preocupação com as ações da China. Ele destacou que incidentes recentes têm colocado em risco a segurança das forças armadas e da navegação na região. O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu, afirmando que as provocações das Filipinas são a verdadeira fonte da tensão.

Preocupações globais sobre controle de exportação

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, trouxe à tona preocupações sobre os controles de exportação chineses sobre matérias-primas críticas e a necessidade de restaurar cadeias de suprimentos confiáveis. A guerra comercial entre China e EUA continua a impactar a dinâmica econômica global, especialmente em relação a recursos como ímãs e minerais de terras raras.

A cúpula na Malásia representa um momento crucial para a China na busca por influência econômica na região, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios associados às suas ambições militares e às reações de outros países da Asean.

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