Análise sobre os impactos da recente eleição na economia argentina e quais setores se destacam

Com a vitória de Javier Milei, setor bancário se destaca como o mais atrativo na Argentina.

As eleições de meio de mandato na Argentina, realizadas em 26 de outubro, revelaram um resultado surpreendente. Javier Milei, com sua coalizão La Libertad Avanza (LLA), conquistou quase 41% dos votos, superando a coalizão Kirchnerista, que obteve pouco mais de 31%. Essa vitória fortalece a posição de Milei e aumenta a expectativa de avanço de suas propostas liberais nas Casas Legislativas.

Impactos na economia argentina

A bolsa argentina disparou e o dólar perdeu força após a eleição. O setor bancário é visto com otimismo pelos analistas, que esperam um crescimento da carteira de crédito de 30% e um aumento de mais de 50% nos lucros até 2026. Bancos como Banco Galícia e Banco Macro estão entre os favorecidos nesse novo contexto.

Desafios e expectativas

Apesar do otimismo, Milei enfrenta o desafio de implementar reformas estruturais em um Congresso onde não possui a maioria absoluta. O governo obteve 92 dos 257 assentos na Câmara e 19 dos 72 no Senado. A construção de alianças será fundamental para garantir a aprovação de propostas e evitar um possível impeachment do presidente.

O futuro do setor bancário

Os analistas do Itaú BBA destacam que os resultados fiscais positivos devem ajudar a controlar a inflação e as taxas de juros, favorecendo o setor de crédito. O apoio do governo dos EUA, com empréstimos que totalizam US$ 40 bilhões, também ajudará a fortalecer as reservas do país. Com a oposição do peronismo estagnada, as perspectivas para o setor bancário se mostram promissoras, tornando-o o mais atrativo na Argentina pós-eleitoral.