Trump ameaça novamente terceiro mandato ilegal

by Kevin Dietsch/Getty Images

Presidente não descarta possibilidade de correr para um terceiro mandato, desafiando a Constituição

Trump não descarta candidatura a um terceiro mandato, desafiando restrições constitucionais.

Durante entrevista a repórteres na segunda-feira, 27 de outubro de 2025, enquanto estava a caminho do Japão, o presidente Donald Trump não descartou a possibilidade de se candidatar a um terceiro mandato, desafiando a Constituição que o proíbe. ‘Eu adoraria fazer isso’, disse Trump, embora sua taxa de aprovação esteja em torno de 40%, considerada baixa para esse estágio de seu mandato.

Contexto constitucional

A 22ª Emenda, estabelecida após a morte de Franklin Delano Roosevelt em 1945, proíbe que um presidente sirva mais de dois mandatos. Apesar disso, Trump e seus apoiadores têm insinuado em várias ocasiões que poderiam contornar essa restrição constitucional. Em uma entrevista anterior, Trump afirmou que não estava ‘brincando’ ao considerar maneiras de desafiar essa proibição.

Reações de apoiadores

Os apoiadores mais próximos de Trump, como Steve Bannon, afirmam que um terceiro mandato é uma possibilidade real. Bannon, em uma recente entrevista, disse: ‘Trump será presidente em 2028 e obterá um terceiro mandato’, sugerindo que as pessoas deveriam se preparar para isso. Ele descreveu Trump como um ‘instrumento da vontade divina’, insinuando que a popularidade e a ‘vontade do povo’ poderiam levar a uma reinterpretação da Constituição.

Implicações para as eleições

A administração Trump já está tomando medidas para influenciar as eleições de 2026 e 2028, tentando obter controle sobre os processos eleitorais e usando o Departamento de Justiça para acessar dados sensíveis de eleitores em todos os estados. Especialistas destacam que, independentemente de como a administração tentasse contorcer a lei, a Constituição é clara e um desafio a essa proibição resultaria em uma batalha legal significativa.
Aziz Huq, professor de direito constitucional da Universidade de Chicago, afirmou que a questão não é apenas o que a lei permite, mas quem apoiará e fará cumprir a lei.

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