Sanções de Trump resultam na venda de ativos pela Lukoil

/Mark Schiefelbein

Gigante do petróleo russo toma medidas após novas sanções dos EUA

A Lukoil, gigante russa do petróleo, venderá ativos internacionais após novas sanções dos EUA.

Em resposta a novas sanções dos Estados Unidos, a Lukoil, uma gigante do petróleo da Rússia, anunciou na segunda-feira que venderá seus ativos internacionais. Esta ação é uma das mais significativas desde que as novas medidas foram implementadas. As sanções, que foram anunciadas na semana passada, têm como alvo a Lukoil e a Rosneft, as duas maiores empresas privadas de petróleo da Rússia, visando pressionar financeiramente o Kremlin em relação à guerra na Ucrânia.

Medidas rigorosas contra a Rússia

Os Estados Unidos, seguidos pelo Reino Unido, impuseram restrições que também afetam navios de carga acusados de ajudar a Rússia a contornar limites de exportação de petróleo. A Lukoil, que representa cerca de 2% da produção mundial de petróleo, afirmou que irá conduzir a venda sob uma licença do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA. A empresa já começou a analisar propostas de potenciais compradores, mas não especificou quais ativos estão disponíveis.

Ativos significativos no exterior

Entre os ativos mais importantes da Lukoil estão uma participação de 75% no campo de petróleo West Qurna 2, no Iraque, que produziu mais de 480.000 barris por dia, além da refinaria Neftohim Burgas na Bulgária e a refinaria Petrotel na Romênia. A Lukoil também fornece petróleo para a Hungria, Eslováquia e a refinaria STAR na Turquia, que depende fortemente do petróleo russo.

Impacto das sanções

As sanções visam dificultar a receita de energia da Rússia, uma medida que se intensifica à medida que os governos ocidentais buscam enfraquecer a capacidade de Moscou de financiar a guerra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu aos EUA que ampliem as sanções para incluir todo o setor de petróleo russo, além de apelar por mísseis de longo alcance para melhorar a capacidade de resistência da Ucrânia. A Lukoil se comprometeu a manter operações estáveis durante essa transição.

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