Ex-diretor do INSS nega recebimento de vantagens indevidas em depoimento

Agência Senado

Alexandre Guimarães se defendeu durante a CPMI sobre denúncias de irregularidades no INSS

Alexandre Guimarães negou ter recebido vantagens indevidas durante depoimento à CPMI do INSS.

Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, Alexandre Guimarães, um dos ex-diretores da autarquia, negou ter recebido vantagens indevidas para favorecer entidades envolvidas no escândalo de descontos a aposentadorias e pensões. Nesta segunda-feira (27), questionado pelo relator Alfredo Gaspar (União-AL) se, quando foi diretor do INSS, recebeu, solicitou ou exigiu vantagem indevida de alguma associação ou sindicato, Guimarães negou.

Contexto do depoimento

Guimarães afirmou que sua diretoria não tinha gerência em relação à Diretoria de Benefícios, e que não participou de acordos relacionados. Ele foi alvo de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) e, segundo investigações, teria recebido repasses de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’.

Legalidade dos repasses

O ex-diretor defendeu a legalidade dos repasses, afirmando que sua empresa, a Vênus Consultoria, recebia pagamentos por fornecer material de educação financeira a uma empresa do ‘Careca do INSS’. Ele admitiu, no entanto, que tinha como único cliente a Brasília Consultoria, de propriedade do ‘Careca do INSS’ e do filho, e que encerrou as relações após a operação da PF.

Operação Sem Desconto

As investigações da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União) resultaram na Operação Sem Desconto, que revelou a prática de descontos associativos irregulares nas contas de beneficiários do INSS. No total, as entidades responsáveis pelos descontos teriam cobrado valor estimado em R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024. A comissão de inquérito no Congresso foi instalada em agosto para conduzir apurações sobre o caso.

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