Encontro Nacional do Disque Denúncia discute melhorias na segurança pública

Evento promovido pela Sesp reúne coordenações de 16 estados e Distrito Federal

O II Encontro Nacional das Centrais Disque Denúncia, que ocorre até 31 de outubro na Sesp, reúne coordenações de 16 estados para debater a integração e troca de experiências.

O II Encontro Nacional das Centrais Disque Denúncia, que ocorre até 31 de outubro de 2025 na Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), reúne coordenações de 16 estados, além do Distrito Federal. O evento, que começou no dia 28 com palestras, mesas redondas e debates, tem como objetivo integrar as centrais, intercambiar experiências e padronizar procedimentos.

O diretor-geral da Sesp, coronel Adilson Luiz Prusse, comentou sobre a importância da integração entre os representantes da segurança pública do Brasil. “Nossa gestão é marcada pela integração das forças de segurança. Neste encontro reunimos um grupo eclético de civis e militares, com expressiva representação de mulheres, para discutir um tema tão importante”, afirmou.

Entre as inovações citadas por Prusse está a criação de um programa estadual de recompensa para cidadãos que fornecerem informações úteis na elucidação de crimes, conforme a Lei 22.576/2025. Apesar de ainda não regulamentada, a legislação prevê que as informações sejam recebidas pelo Centro Integrado de Denúncias 181 (CIDE) do Paraná. O objetivo é fortalecer a prevenção e a apuração de crimes.

O tenente-coronel Walter Antônio de Aguiar, coordenador do Disque Denúncia 181 do Paraná, ressaltou a importância de conhecer as experiências de outros estados, que podem contribuir para a melhoria do programa de recompensas. “Tivemos contato com práticas que nos ajudaram a aprimorar o programa que será implantado aqui”, disse.

Uma das palestras foi ministrada por agentes do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Sesp, que apresentaram os 20 anos de história do Cape e os sistemas utilizados no Paraná para gestão de dados, como o B.I. (Business Intelligence) e o Sistema de Controle de Ocorrências Letais (SCOL). Gladson Fabian Marques, um dos palestrantes, destacou a autonomia dada pela chefia para especialização em mapas que melhoram continuamente os processos, resultando em uma queda significativa nos homicídios dolosos e aumento na auditagem de apreensões de drogas.

O coordenador geral do Disque Denúncia do Rio de Janeiro, Renato Almeida, enfatizou que o encontro no Paraná é um passo importante para a integração das centrais no Brasil. “Queremos, com encontros regulares, criar soluções nos estados para mitigar o crime em todo o país”, afirmou.

Josafá Leite Ribeiro, diretor da divisão de controle de denúncias da Polícia Civil do Distrito Federal, acrescentou que a divulgação constante dos canais de denúncia é essencial para melhorar o serviço. “É um mecanismo seguro para delatar crimes de forma anônima e contribuir com a segurança pública”, disse.

O Disque Denúncia 181, criado em 2003 no Paraná, é um serviço anônimo que garante sigilo aos denunciantes e ajuda as polícias na prevenção e investigação de crimes. O programa, que inicialmente atendia apenas denúncias de tráfico de drogas, hoje abrange 58 modalidades de crimes, permitindo que a população denuncie diversos delitos, como homicídios e violência contra idosos, por meio de um telefone e do site www.181.pr.gov.br. As linhas digitais criptografadas asseguram o sigilo absoluto das informações e identidade dos denunciantes.

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