Crise de semicondutores afeta montadoras no Brasil
O governo brasileiro pediu à China a retomada das exportações de chips, essenciais para a produção automotiva, que enfrenta crise de escassez.
Em Brasília, 28 de setembro de 2023, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, pediu ao embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, que o país asiático retome as exportações de chips ao Brasil — que enfrenta uma crise de escassez do insumo. O diplomata se comprometeu a levar a demanda ao governo chinês.
Situação crítica nas montadoras
As montadoras brasileiras estimam ter semicondutores para mais duas semanas de produção. Com 1,3 milhão de trabalhadores envolvidos, o setor alerta sobre a possibilidade de paralisar fábricas se a falta de chips persistir. A crise se intensificou após o governo holandês assumir o controle da fabricante Nexperia, que possui 40% do mercado mundial de chips essenciais para automóveis. Em resposta, a China impôs restrições à exportação de semicondutores produzidos em seu território, afetando a venda global.
Reuniões para soluções
Alckmin também se reuniu com o embaixador do Brasil na China, Marcos Bezerra Abbott Galvão, em busca de apoio para enfrentar a crise. Além disso, o presidente em exercício recebeu representantes de montadoras e autopeças, que pediram que o governo utilizasse os canais diplomáticos para resolver o impasse.
Impacto no setor automotivo
Um veículo moderno pode utilizar entre 1 mil e 3 mil chips, essenciais para o funcionamento de sistemas como injeção eletrônica, sensores e controle de motor. A continuidade da produção automotiva no Brasil depende, portanto, da resolução dessa crise de semicondutores.