Conflito no Rio de Janeiro é quase uma guerra civil, afirma ex-capitão do Bope

Análise sobre a situação atual e operações policiais

Rodrigo Pimentel critica a situação no Rio, comparando-a a uma guerra civil após megaoperação que resultou em 64 mortes.

O Rio de Janeiro vive um cenário de guerra civil, com confrontos armados de média intensidade entre forças de segurança e grupos irregulares que dominam territórios. A avaliação é do ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, que analisou a recente megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 64 mortes.
“O Brasil precisa entender que não se trata mais de uma ação policial em busca de bandidos. É, de fato, um conflito armado não internacional, é quase uma guerra civil”, afirmou o ex-capitão.

Natureza do conflito e operações policiais

Pimentel destaca que as ações no Rio de Janeiro se enquadram na classificação da Otan e do Exército Americano como um conflito armado não internacional, com regras próprias de engajamento. Segundo ele, a operação recente envolveu cerca de 2.500 policiais militares e civis, que enfrentaram aproximadamente mil pessoas armadas com fuzis. O Complexo do Alemão, que abriga entre 150 mil e 200 mil moradores, foi palco de intensos confrontos que deixaram quatro policiais mortos e ao menos oito feridos.

Desafios enfrentados pelas forças de segurança

O especialista ressalta que é praticamente impossível realizar prisões de lideranças em áreas como o Complexo do Alemão e a Rocinha sem intensos confrontos. Apesar de informações de inteligência sobre alvos e rotas de fuga, a natureza do território e do conflito torna inevitável o alto grau de violência. Além disso, a operação foi prejudicada pela falta de blindados específicos que poderiam ter facilitado o avanço das tropas, aumentando sua vulnerabilidade ao enfrentamento.

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