Governador de Minas Gerais se manifesta sobre operação que resultou em 64 mortes

Governador de Minas Gerais critica o governo federal por sua ausência em operação no Rio que deixou 64 mortos.

Nesta terça-feira (28), o governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência em 2026, Romeu Zema (Novo), fez duras críticas ao governo federal a respeito da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 64 mortes. “Mais uma vez, as forças policiais de um Estado enfrentam sozinhas essas facções terroristas”, declarou o governador, em suas redes sociais, onde também comparou as cenas de violência com a guerra na Faixa de Gaza.

Críticas ao governo federal

Zema destacou que a situação no Rio é “absurda”, mencionando que até drones equipados com granadas foram utilizados pelos traficantes. Ele criticou a recusa do Executivo federal em enviar blindados para proteger os policiais envolvidos nas operações, e expressou indignação com o ministro da Justiça, que, segundo ele, atacou o governador do Rio em vez de oferecer apoio.

Reação do governo do Rio

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também se manifestou, afirmando que a situação transcende as normas de segurança pública e que o estado está “sozinho nessa guerra”. Castro solicitou apoio federal com blindados, mas afirmou que todos os pedidos foram negados até o momento. O governo federal, por sua vez, negou ter recebido qualquer pedido formal para a operação no Complexo do Alemão, segundo o ministro Ricardo Lewandowski.

Declarações de Lula e repercussão

Zema ainda lembrou uma declaração recente do presidente Lula sobre o tráfico de drogas, onde o presidente afirmou que “os traficantes são vítimas dos usuários”. O governador questionou essa afirmação e criticou a falta de ações efetivas contra as facções criminosas. Após a repercussão negativa, Lula se retratou, afirmando que a frase foi “mal colocada” e reafirmou que o combate ao tráfico é uma prioridade do governo.