Projeção indica 44 senadores aliados a Bolsonaro até 2027

Isac Nóbrega/PR

Cenário gera apreensão na base governista de Lula

Levantamento aponta que a bancada bolsonarista pode chegar a 44 senadores em 2027, gerando preocupação na base do governo Lula.

Em Brasília, 5 de outubro de 2023, a bancada de senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá alcançar 44 cadeiras a partir de 2027, conforme levantamento do portal Metrópoles. Este número é suficiente para garantir a eleição do presidente do Senado na próxima legislatura, mas ainda está abaixo dos 54 votos necessários para a aprovação do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme desejam alguns membros da oposição.

Cenários de crescimento e recuo

A projeção foi elaborada com base no posicionamento dos atuais parlamentares e no desempenho dos pré-candidatos líderes em pesquisas estaduais realizadas pela Real Time Big Data entre agosto e outubro de 2023. O levantamento aponta que estados como Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima e Tocantins podem eleger nomes oposicionistas ao governo Lula. Por outro lado, há uma tendência de recuo da oposição em Amapá, Ceará, Espírito Santo e Sergipe. Dois estados, São Paulo e Rio Grande do Sul, apresentam cenário indefinido devido à falta de confirmações de candidaturas.

Implicações para o governo Lula

Com a possibilidade de uma bancada bolsonarista mais robusta, a base governista de Lula enfrenta um cenário desafiador, especialmente em um momento em que a renovação do Senado está prevista para 2026, com 54 cadeiras em disputa. Caso as tendências se confirmem, isso poderá impactar a governabilidade e a capacidade de aprovação de projetos da administração atual.

Perspectivas para os próximos anos

A situação política se torna ainda mais complexa com a presença de novos candidatos em disputa, como a ex-deputada Manuela D’Ávila (sem partido) e o governador Eduardo Leite (PSD) no Rio Grande do Sul, além de potenciais candidatos em São Paulo que podem alterar significativamente o cenário eleitoral. O levantamento também indica que, em estados onde não há alteração prevista no número de cadeiras entre governo e oposição, esses são considerados neutros, mas a disputa promete ser acirrada.

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