Como a inteligência artificial está transformando as forças armadas chinesas
A China está investindo em cães-robôs armados e enxames de drones com inteligência artificial para modernizar suas forças armadas e fechar a lacuna tecnológica com os EUA.
Em 21 de março de 2025, a China apresentou cães-robôs armados em uma demonstração que ilustra seu investimento em inteligência artificial para modernizar suas forças armadas. Este movimento visa reduzir a diferença tecnológica em relação aos Estados Unidos na corrida por inovações militares.
Avanços no uso da inteligência artificial
Desde novembro de 2024, o Exército de Libertação Popular da China lançou uma licitação para a fabricação de cães-robôs equipados com IA. Esses robôs são projetados para trabalhar em grupo, identificando e eliminando ameaças em situações de combate. Embora a Reuters não tenha confirmado a execução do contrato, o uso de cães-robôs em exercícios militares foi reportado por mídias estatais. Patentes recentes demonstram que a IA também está sendo aplicada em sistemas de planejamento militar, permitindo análises rápidas de imagens de satélite e coordenação com drones.
Drones autônomos e integração de sistemas
Entidades militares estão investindo em sistemas de combate mais autônomos, com mais de 20 licitações para drones que operam com pouca intervenção humana. A Universidade Beihang, especializada em aviação militar, está desenvolvendo tecnologias que aprimoram a tomada de decisões em enxames de drones, focando em identificar ameaças menores, como drones inimigos. Apesar do avanço, autoridades chinesas garantem que o controle humano sobre esses sistemas será mantido, em resposta a preocupações sobre o uso descontrolado de armamentos baseados em IA.
Desafios e competição tecnológica
Os militares americanos também estão desenvolvendo sistemas autônomos, planejando implantar milhares de drones para competir com a crescente frota da China. O Exército de Libertação Popular continua a buscar chips de empresas como Nvidia, mesmo após restrições de exportação dos EUA. Patentes revelam uma demanda crescente por chips da Huawei, alinhando-se a uma estratégia de soberania algorítmica que busca reduzir a dependência de tecnologia ocidental.
Enquanto isso, a competição por tecnologia militar entre China e Estados Unidos se intensifica, com ambos os lados investindo em inovações que podem mudar a dinâmica das guerras modernas. O uso de IA no campo de batalha se torna um fator decisivo em um futuro onde a tecnologia desempenhará um papel crucial nas operações militares.



