Medida busca controlar detentos estrangeiros ligados a facções brasileiras
Argentina classifica PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas para fortalecer controle sobre detentos estrangeiros.
No dia 29 de outubro de 2025, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou que o país incluiu o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). A medida visa fortalecer o controle sobre detentos estrangeiros ligados a facções brasileiras, especialmente após a recente megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em ao menos 119 mortes.
Ação policial no Rio de Janeiro
A operação, que envolveu 2,5 mil agentes, é considerada a mais letal da história do estado, com um balanço que inclui quatro policiais e 115 suspeitos classificados como “narcoterroristas”. A ministra Bullrich destacou que atualmente existem 39 brasileiros presos na Argentina, com cinco pertencentes ao Comando Vermelho e cerca de sete ao PCC. Ela ressaltou que esses indivíduos estão sob intensa vigilância para evitar que exerçam influência dentro das prisões.
Críticas ao modelo prisional
Bullrich também criticou o que chamou de “modelo de convivência com o narcotráfico” em outras nações, mencionando que em alguns presídios brasileiros, juízes têm dificuldades de acesso. A ministra elogiou iniciativas que buscam recuperar o controle das prisões e a situação em favelas, afirmando que o controle estatal deve ser absoluto.
Impactos e reações
A inclusão do PCC e do Comando Vermelho como grupos terroristas reflete uma mudança significativa na abordagem da Argentina em relação ao narcotráfico e suas ramificações. A operação no Rio de Janeiro gerou repercussão internacional, com críticas sobre a brutalidade do enfrentamento ao crime organizado. A posição da Argentina pode influenciar futuras colaborações entre países da região para combater o tráfico de drogas e suas consequências.