Análise do BTG Pactual revela empresas com potencial de distribuição

Diversas empresas brasileiras podem antecipar a distribuição de dividendos, segundo o BTG Pactual, devido à nova tributação prevista para 2026.

Em 2025, diversas empresas brasileiras poderão antecipar a distribuição de dividendos, conforme análise do BTG Pactual. Isso ocorre devido à aprovação recente de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que revisa o Imposto de Renda. A nova tributação, que entrará em vigor em 2026, prevê a cobrança de 10% sobre dividendos pagos a pessoas físicas e a estrangeiros, marcando o fim da isenção total vigente desde 1996.

Impacto da nova tributação

O projeto de lei estabelece que a tributação incidirá sobre valores superiores a R$ 50 mil por mês, embora os dividendos declarados em 2025, baseados em lucros obtidos neste ano ou em exercícios anteriores, permanecerão isentos do novo imposto. Essa mudança deve incentivar as empresas a antecipar distribuições, promovendo pagamentos extraordinários. O BTG Pactual destaca que setores como utilities, telecomunicações e construção civil têm maior probabilidade de anunciar dividendos relevantes.

Empresas com potencial de distribuição

Entre as empresas que se destacam, estão:

• Materiais básicos: Gerdau e Usiminas, com alta liquidez e baixa alavancagem.
• Papel e celulose: Irani, com yield potencial de até 34%.
• Óleo e gás: PetroReconcavo, com yield estimado entre 8% e 13%.
• Utilities: Eletrobras (10%) e Copel (14%).
• Imobiliário: Cyrela (9-10%) e Direcional (13%).

Análise de viabilidade

O BTG analisa quatro fatores para identificar as companhias com maior probabilidade de realizar esses pagamentos: a existência de lucros retidos ou reservas expressivas, o nível de alavancagem, os planos de investimento futuros e a composição acionária, visto que a tributação pode variar conforme o perfil dos investidores. A análise sugere que muitas empresas estão bem posicionadas para aproveitar essa oportunidade antes da implementação da nova legislação.