Dispositivo inovador pode regenerar cordas vocais durante operações

Pesquisadores desenvolvem bioimpressora 3D que pode regenerar tecidos em cirurgias delicadas. Dispositivo tem apenas 2,7 mm de diâmetro.

Em 30 de outubro de 2025, pesquisadores desenvolveram a menor bioimpressora 3D do mundo, com uma cabeça de impressão de apenas 2,7 milímetros. O dispositivo é projetado para se mover com precisão dentro do corpo, permitindo cirurgias mais delicadas que podem regenerar tecidos, especialmente em áreas complicadas como as cordas vocais.

Funcionamento e Aplicações

A bioimpressora pode ser inserida por meio de um endoscópio, depositando hidrogéis que auxiliam na cicatrização diretamente em locais delicados. Atualmente, cirurgias nas cordas vocais podem causar rigidez e dificuldades na fala. A nova tecnologia visa aplicar hidrogéis moldados para imitar a estrutura natural das pregas vocais, promovendo o crescimento de novos tecidos. O engenheiro biomédico Swen Groen, da Universidade McGill, inspirou-se na flexibilidade da tromba de um elefante para criar um braço robótico que aumenta a precisão em áreas de difícil acesso.

Avanços e Desafios

O primeiro protótipo media 8 milímetros, mas após ajustes, o modelo final se encaixa em um endoscópio padrão de 1 cm. A equipe conseguiu manter a flexibilidade e estabilidade do equipamento, que é controlado manualmente por um joystick, semelhante a um videogame. Futuramente, espera-se que o dispositivo funcione de forma autônoma, seguindo trajetórias pré-definidas a partir de imagens do local da cirurgia.

Perspectivas Futuras

Antes de ser testado em humanos, o modelo precisa passar por ensaios em animais. Além das cordas vocais, a tecnologia tem potencial para ser utilizada em outras áreas da medicina, carregando instrumentos cirúrgicos e facilitando procedimentos em regiões estreitas e delicadas. Essa inovação pode significar um avanço significativo na medicina regenerativa.