Análise sem precedentes de amostras de outro sistema estelar
A Sonda Europa Clipper da NASA cruzará a cauda iônica do cometa 3I/ATLAS entre 30 de outubro e 6 de novembro de 2025, coletando amostras inéditas.
A Sonda Europa Clipper da NASA cruzará a cauda iônica do cometa interestelar 3I/ATLAS entre 30 de outubro e 6 de novembro de 2025. A espaçonave, lançada para estudar a lua Europa de Júpiter, alinhar-se-á com o Sol e o cometa sem alterar trajetória. Cientistas preveem que o vento solar arraste íons do cometa até o caminho da sonda, permitindo coleta de material de outro sistema estelar.
Simulações e previsões
A previsão baseia-se em simulações realizadas por Samuel Grant e Geraint Jones. Eles utilizam o software Tailcatcher para modelar o movimento do vento solar. O estudo, disponível no arXiv, indica chance de detecção direta de partículas interestelares. O cometa 3I/ATLAS foi descoberto em 2025 pelo sistema ATLAS, sendo o terceiro objeto interestelar confirmado no Sistema Solar.
Estrutura do cometa
A cauda iônica forma-se por ionização de gases liberados pelo cometa. Samuel Grant, do Instituto Meteorológico Finlandês, e Geraint Jones, da ESA, identificaram a oportunidade. As simulações mostram que o vento solar pode transportar íons por milhões de quilômetros. A Europa Clipper passará pela região prevista sem manobras adicionais. Instrumentos da sonda detectarão possíveis partículas arrastadas.
Dados adicionais
O cometa consiste em gelo, rochas e poeira acumulados há bilhões de anos. Ao aproximar-se do Sol, libera gases que formam caudas distintas. A cauda de poeira segue a órbita do cometa, enquanto a cauda iônica, composta por gases energizados, estende-se na direção oposta ao Sol devido ao vento solar. Imagens capturadas pelo Telescópio Gemini Sul revelam a estrutura do objeto.
Importância da coleta
Partículas do cometa funcionam como registros de sistemas planetários distantes. Análise de íons revelará elementos químicos originais, permitindo comparação com materiais do Sistema Solar. A coleta marcará o primeiro contato direto com matéria de outra estrela. Cientistas monitoram o vento solar em tempo real para confirmar previsões, com condições do vento solar determinando o sucesso da coleta.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								