Audiência na Comissão de Educação questiona viabilidade da proposta
Na audiência da Comissão de Educação, debatedores discutem o projeto que visa proibir alterações nos textos da Bíblia Sagrada.
Em audiência na Comissão de Educação (CE) realizada em 30 de outubro de 2025, em Brasília, debatedores questionaram a viabilidade do projeto que proíbe alterações nos textos da Bíblia Sagrada. O PL 4.606/2019, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados, enfrenta desafios no Senado, onde a senadora Dra. Eudócia é a relatora.
Questões levantadas sobre o projeto
O projeto, oriundo do deputado Pastor Sargento Isidório, visa “veda qualquer alteração, adaptação, edição, supressão ou adição nos textos da Bíblia Sagrada, para manter a inviolabilidade de seus capítulos e versículos”. A senadora Damares Alves, que conduziu o debate, destacou a necessidade de discutir a proposta, reconhecendo que as questões levantadas são complexas e a preocupação de instituições religiosas é válida.
Implicações jurídicas e sociais
Erní Walter Seibert, diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil, apontou que o projeto pode causar complicações acadêmicas e legais, citando a histórica falta de vogais no hebraico original e a introdução posterior de capítulos e versículos. Outros debatedores, como o pastor Paulo Nunes e o doutor Renato Gugliano Herani, expressaram preocupações sobre a liberdade religiosa e o papel do Estado, questionando se a proposta não infringiria o conceito de um estado laico.
Diversidade de interpretações da Bíblia
A discussão também trouxe à tona a diversidade de versões da Bíblia, com o teólogo Lourenço Steglio Rega enfatizando a importância das atualizações e revisões das traduções. Ele sugeriu uma emenda que reconheceria a legitimidade das diferentes versões adotadas pelas diversas confissões religiosas.
Conclusões do debate
O debate foi interativo, permitindo a participação popular através do portal e-Cidadania. Mensagens de internautas refletiram preocupações sobre censura e a manutenção da liberdade acadêmica em relação aos textos bíblicos. A audiência destacou a complexidade do tema e a necessidade de um diálogo mais profundo antes de qualquer decisão sobre a proposta.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								