Novo livro revela envolvimento do aliado de Trump em demissões

Um novo livro revela que Stephen Miller foi o responsável por demissões de agentes do FBI que investigaram Trump.

Em 30 de outubro de 2023, um novo livro revela que Stephen Miller, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, foi o agente central em uma purgação de agentes do FBI que realizaram investigações sobre Donald Trump. Os jornalistas Carol Leonnig e Aaron Davis, em “Injustice: How Politics and Fear Vanquished America’s Justice Department”, detalham como Miller exigiu demissões para satisfazer o desejo de vingança do ex-presidente.

O papel de Stephen Miller

A obra destaca que, após seu primeiro mandato, Trump enfrentou investigações federais que o implicavam em tentativas de reverter os resultados da eleição de 2020 e na retenção de documentos confidenciais em sua propriedade em Mar-a-Lago, Flórida. No início de seu segundo mandato, Trump já havia direcionado a remoção de líderes do Departamento de Justiça (DoJ), e Miller intensificou a pressão sobre o FBI. O então advogado de Trump, Emil Bove, que atuava como seu “enforcer” no DoJ, relatou à liderança do FBI a necessidade de uma lista de agentes envolvidos nas investigações do 6 de janeiro de 2021 e do caso dos documentos.

Resistência dentro do FBI

Brian Driscoll, diretor interino do FBI, resistiu às demandas de Bove, enfatizando que a agência possuía mecanismos internos para lidar com má conduta, mas Miller continuou a pressionar. A situação se intensificou quando Bove exigiu listas de agentes específicos, mostrando o clima de pressão e a urgência em atender as solicitações da Casa Branca.

Consequências e desdobramentos

Em 31 de janeiro, Bove enviou um memorando exigindo a demissão de líderes seniores e uma lista de todos os agentes envolvidos nas investigações. A resistência do FBI culminou em uma ação judicial da FBI Agents Association para impedir a divulgação de nomes. A obra retrata um clima de tensão e incerteza, refletindo a luta interna por diretrizes em um ambiente de politicagem e vingança.

O livro, portanto, revela não apenas as manobras políticas de Miller, mas também os efeitos devastadores sobre a independência da justiça nos EUA.