Crise de segurança no Rio de Janeiro mobiliza governo federal

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula acelera projeto antifacção após operação letal

A crise de segurança no Rio de Janeiro gerou mobilização no governo federal, com Lula priorizando o envio de um projeto de combate às facções criminosas ao Congresso.

Crise de segurança no Rio de Janeiro

A crise de segurança pública no Rio de Janeiro decorrente da megaoperação contra a facção Comando Vermelho, na terça-feira (28), mobilizou integrantes do Palácio do Planalto e o próprio presidente Lula (PT). Um projeto que combate as facções criminosas deve ser enviado ao Congresso nesta sexta (31).

Ações do governo e críticas

Lula sancionou projeto de autoria de Moro que combate crime organizado e tem dado prioridade ao assunto. Ele cobra celeridade da equipe para enviar ao Congresso o projeto de lei antifacção, que busca atualizar a Lei das Organizações Criminosas. Apesar de a segurança ser competência dos estados, aliados do presidente avaliam que a crise pode afetar a imagem da gestão petista. O governo, que estava em uma maré positiva, agora enfrenta críticas por ações insuficientes.

Consequências da operação

A operação na terça deixou mais de cem mortos, tornando-se a mais letal da história do país, e gerou uma disputa de narrativas entre o governo estadual e o federal. O governador Cláudio Castro (PL) acusou a administração de Lula de não oferecer apoio, enquanto o ministro da Justiça rebateu as críticas, classificando a operação como “bastante cruenta”. Na quarta, Castro se retratou em uma ligação para a ministra Gleisi Hoffmann.

Reuniões e novas estratégias

Após a operação, Lula convocou reuniões para discutir o projeto antifacção e a instalação de um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro. A Polícia Rodoviária Federal planeja um reforço de 350 agentes na cidade. Lula também se pronunciou nas redes sociais, destacando a necessidade de um trabalho coordenado contra o crime.

Projeto antifacção

O projeto, que institui o tipo penal de “organização criminosa qualificada”, prevê penas de até 30 anos. Aliados de Lula buscam acelerar a tramitação no Congresso, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a dar prioridade ao texto. A Secom divulgou uma campanha criticando a operação e defendendo a aprovação da PEC de Segurança Pública, ressaltando que o crime organizado é um dos maiores problemas do Brasil.
O governo federal reafirma seu compromisso em combater as organizações criminosas com rigor, buscando soluções efetivas para a segurança pública.

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