Cometa 3I/ATLAS: Astrônomos monitoram desintegração do terceiro objeto interestelar

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Observações revelam detalhes sobre a trajetória e composição do cometa

O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar confirmado, atingiu seu periélio em 29 de outubro de 2025, despertando atenção de astrônomos.

Cometa 3I/ATLAS

O cometa 3I/ATLAS, o terceiro objeto interestelar confirmado, atingiu seu periélio em 29 de outubro de 2025, a 203 milhões de quilômetros do Sol. Descoberto em 1 de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS no Chile, o cometa viaja a 68 km/s, confirmando sua origem fora da gravidade solar. Astrônomos da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) estão coordenando observações para analisar a liberação acelerada de gases e poeira sem risco imediato para a Terra.

Composição e características do cometa

A Rede Internacional de Alerta de Asteroides emitiu boletins semanais sobre variações no brilho do núcleo, que é estimado entre 440 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro. O 3I/ATLAS percorreu milhões de anos desde outro sistema estelar até entrar no Sistema Solar em junho de 2025. Sua alta velocidade impede a captura pela gravidade do Sol, e estudos sugerem formação no disco galáctico grosso, com idade entre 7,6 e 14 bilhões de anos. Observações do Telescópio Espacial Hubble registraram jatos de gás emergindo do núcleo desde julho. Com a aproximação do Sol, a subliminação de hielos voláteis intensificou-se, levando à expansão de fissuras na estrutura do cometa.

Monitoramento e implicações

Fatores gravitacionais e térmicos aumentam a probabilidade de fragmentação parcial do cometa. A coma, a nuvem de gás e poeira ao seu redor, é dominada por dióxido de carbono, detectado em uma proporção oito vezes maior que a água, conforme observado pelo James Webb. A sonda Europa Clipper da NASA cruzou a cauda iônica do cometa entre 30 de outubro e 6 de novembro de 2025, coletando dados sobre sua composição. A missão Hera da ESA registrou o evento em 1 de novembro, analisando íons e poeira para compará-los com cometas locais.

Próximos passos e visibilidade

Atualmente, a NASA ativou o protocolo de defesa planetária para monitorar variações inesperadas na ejeção de material. A espectroscopia do Observatório Nacional confirmou a presença de moléculas orgânicas raras, como compostos de carbono não observados em proporções semelhantes em cometas solares. O monitoramento contínuo do 3I/ATLAS contribuirá para a compreensão da formação de sistemas planetários distantes, com um foco em interações estelares, ao mesmo tempo que se espera que o cometa seja visível novamente em 17 de novembro de 2025, com brilho superior a magnitude 12.

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