Mudança na política migratória gera controvérsias
Os EUA anunciaram um corte drástico na admissão de refugiados para 2026, priorizando sul-africanos brancos. Medida gera críticas de organizações de direitos humanos.
Em 30 de outubro de 2025, o governo dos Estados Unidos anunciou um corte drástico na admissão de refugiados para 2026, estabelecendo um limite de 7.500 pessoas, o menor número da história do programa. Esta medida representa uma guinada na política migratória americana, que tradicionalmente acolheu milhares de indivíduos que fugiam de guerras e perseguições.
Mudança nas prioridades de admissão
O novo memorando da Casa Branca indica que a maior parte das vagas será destinada a afrikaners, brancos sul-africanos descendentes de colonos europeus. A justificativa inclui a alegação de que esses indivíduos enfrentam “discriminação ilegal ou injusta” em seus países de origem. Durante o governo anterior, mais de 100 mil refugiados eram admitidos anualmente, mas a atual administração, sob Donald Trump, suspendeu o Programa de Admissão de Refugiados e eliminou o Status de Proteção Temporária para afegãos, haitianos e venezuelanos.
Críticas e resistência
A decisão gerou críticas contundentes de organizações de direitos humanos. Especialistas afirmam que essa nova política pode ser vista como uma forma de priorizar a imigração com base na raça, o que fere princípios humanitários que guiaram o programa por décadas. Aaron Reichlin-Melnick, do Conselho Americano de Imigração, descreveu essa mudança como uma “decepção” para um programa que historicamente serviu de abrigo para aqueles em necessidade. Além disso, a situação da população branca na África do Sul, que representa cerca de 7,3% da população total, é complexa, uma vez que, apesar de serem uma minoria, continuam a deter uma significativa proporção das terras agrícolas e rendas.
Implicações para o futuro
A nova política, que começou a ser implementada com a chegada dos primeiros 50 refugiados em maio, levanta questões sobre o futuro do programa de refugiados nos EUA. Especialistas e defensores dos direitos humanos temem que a mudança não só afete a vida de muitos que buscam abrigo, mas também a imagem dos EUA como um país que acolhe aqueles que fogem de situações adversas.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								