Decisão do tribunal gera polêmica sobre operações de imigração
A juíza Sara L. Ellis questionou a posição do governo ao citar declarações de Greg Bovino, que se mostrava animado com as audiências.
Na quarta-feira (4), a juíza Sara L. Ellis, do tribunal distrital dos EUA, desafiou a argumentação do governo ao citar diretamente as palavras de Greg Bovino, comandante da Patrulha Fronteiriça, em uma entrevista à Fox News. Bovino, conhecido por sua atuação controversa na imigração sob a administração Trump, havia declarado estar ansioso para se apresentar ao tribunal, contradizendo os advogados do governo que alegavam que tais reuniões diárias seriam “extraordinariamente disruptivas”.
A audiência e as declarações de Bovino
Durante a audiência, Ellis expressou sua surpresa ao ver Bovino afirmar que estava animado para as audiências diárias, afirmando que isso não afetaria suas funções. A juíza destacou que as declarações de Bovino contradizem a posição do Departamento de Justiça (DOJ), que havia solicitado a suspensão das reuniões. A situação se intensificou após a juíza ordenar que Bovino se apresentasse ao tribunal todas as noites às 18h.
A resposta do governo e os impactos
Os advogados do governo, em um recurso apresentado na mesma noite, argumentaram que essa exigência causaria “danos irreparáveis” às operações de imigração. No entanto, a posição do governo foi enfraquecida pelas próprias palavras de Bovino, que, ao se defender na Fox News, assegurou que não haveria obstáculos em suas atividades.
Contexto das operações de imigração
A juíza Ellis está supervisionando um processo judicial que envolve a atuação das forças de imigração em Illinois, onde foram relatados excessos no uso da força, incluindo ataques com gás lacrimogêneo a manifestantes. A controvérsia em torno de Bovino é apenas uma das muitas que cercam as operações da Patrulha Fronteiriça, especialmente após a recente solicitação do governador de Illinois, JB Pritzker, para que as operações de imigração fossem interrompidas durante o feriado de Halloween, devido a conflitos com manifestantes. O governo federal, no entanto, se recusou a atender ao pedido.
