Questões-chave sobre a viabilidade do plano permanecem em aberto
Trump propõe uma força internacional para estabilizar Gaza, mas questões sobre sua viabilidade permanecem.
Em Gaza, a proposta de Donald Trump para uma força internacional visa trazer estabilidade à região devastada, mas questões sobre sua viabilidade permanecem. O plano de 20 pontos de Trump prevê que os Estados Unidos colaborem com parceiros árabes e internacionais para assegurar áreas da qual as forças israelenses se retiraram. Contudo, a chamada Força Internacional de Estabilização (ISF) ainda carece de uma missão definida, participantes confirmados e fontes de financiamento.
Questões sobre a força internacional
Com a recente fragilidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas, a situação se agrava. Trump afirmou que a força poderia contar com a participação de nações significativas, como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Qatar e Turquia. No entanto, até agora, apenas Turquia e Indonésia se mostraram dispostas a participar, enquanto outros países mencionados permanecem em silêncio ou impuseram condições para sua participação. O rei Abdullah da Jordânia deixou claro que suas tropas não atuariam em Gaza, o que complica ainda mais a proposta.
Desafios e resistência
A viabilidade da ISF é questionada por especialistas, que enfatizam a necessidade de um mandato claro para a força, especialmente se o objetivo incluir desarmar o Hamas. Daniel B. Shapiro, ex-embaixador dos EUA em Israel, destacou que sem uma força de segurança de transição, o vácuo de poder poderá resultar em mais violência. A resistência do Hamas, que não se manifestou sobre o plano, é um fator crítico a ser considerado, pois a ideia de desarmá-los enfrentaria forte oposição.
Perspectivas e próximos passos
Embora o plano tenha o apoio de alguns países, muitos deles exigiriam uma resolução da ONU para autorizar sua participação, o que é um ponto de discórdia entre Israel e a organização internacional. A situação em Gaza, onde milhares de vidas foram perdidas, demanda uma solução urgente. Especialistas alertam que a implementação de uma força internacional é uma tarefa monumental, considerando os desafios enfrentados por operações de paz em contextos semelhantes ao longo da história.
